Em mais um caso revoltante de violência e descaso com trabalhadores, uma varredora da Prefeitura Municipal de Jaciara/MT foi covardemente agredida por uma colega de trabalho enquanto exercia sua função na limpeza pública. Segundo o boletim de ocorrência registrado em 08/07/2025, o ataque ocorreu às 5h15 do dia 05/07/2025, quando, após uma discussão durante o deslocamento para o serviço, duas colegas passaram à frente e, em determinado momento, uma delas se aproximou com um pedaço de pau e desferiu um golpe violento contra a cabeça da vítima.
O golpe causou um corte profundo, obrigando a trabalhadora a levar seis pontos na cabeça. Além disso, ela sofreu lesões visíveis no braço, coxa e costas, perdeu muito sangue no local e ouviu ameaças da agressora, que disse que iria “quebrar seu braço”. Mesmo diante da gravidade da agressão, ambas as colegas envolvidas retornaram normalmente ao trabalho, enquanto a vítima recebeu apenas atestado médico e foi informada que, após o término, poderá voltar ou não, “a critério próprio”.
Em seu depoimento, a vítima desabafou:
“Queria fazer uma denúncia à Secretaria de Obras. Eu trabalho lá, tô de atestado por enquanto, mas na verdade nem quero voltar pra lá. Tô muito indignada. Trabalho como varredeira de rua. Sábado, dia 05/07/2025, fui agredida com pedaço de pau na covardia por uma colega de trabalho. Nós tínhamos desavenças só por boca mesmo, mas nada de briga. Não chamaram a polícia na hora porque as outras turmas ficaram com medo de chamar. Ontem recebi notícia que ela vai voltar pro serviço e a outra que também tava envolvida voltou, como se nada tivesse acontecido. Começaram hoje na verdade, e eu tô aqui toda machucada, levei ponto na cabeça. O encarregado falou que posso voltar depois do atestado, mas isso é muito errado, porque tinha que ter justiça, mandar ambas embora. Mas não, vou ter que voltar e ver a cara das cidadãs como se nada tivesse acontecido.”
A comunicante expressou sua indignação ao ter que escolher entre retornar ao trabalho no mesmo ambiente das agressoras ou se afastar, sem qualquer providência efetiva ou punição administrativa. Ela pede que os fatos sejam apurados devidamente, pois segue “gravemente machucada, com lesões corporais visíveis”, além de traumatizada pela tentativa de homicídio sofrida.
Esse episódio expõe não apenas a violência brutal no ambiente de trabalho, mas também a omissão dos gestores e da Prefeitura Municipal de Jaciara, que preferem ignorar a gravidade da agressão e manter agressores e vítima no mesmo ambiente, como se a vida humana fosse descartável. Uma demonstração clara de negligência, injustiça e cumplicidade com a violência.